Por Felipe Maeda Camargo - felipe.maeda.camargo@usp.brPequenos mamíferos de origem nativa (natural de determinada região) podem sobreviver em ambientes alterados pelo ser humano se houver um mínimo de cobertura florestal remanescente na região. Essa constatação parte da tese de doutorado da professora e pesquisadora Fabiana Umetsu, pelo Instituto de Biociências (IB) da USP, sob orientação da professora Renata Pardini. Seu trabalho levantou a quantidade de marsupiais e roedores e a variedade destes em áreas com agricultura que mantinham algum resquício de Mata Atlântica.
Espécies nativas da Mata Atlântica precisam de um mínimo de floresta para sobreviverem
Fabiana mostra a importância de os estudiosos também considerarem os ambientes alterados na análise de espécies nativas. “Mesmo nessas regiões se encontram espécies florestais (ou nativas) se nelas houver resquícios de floresta”, observa a professora.
Ela destaca que as espécies nativas dependem da floresta no entorno de fazendas e em outros ambientes alterados para sobreviver. Além disso, a floresta facilita sua colonização na região.
Isso se aplica até para formas de agricultura diferenciada: “Mesmo que uma área tenha agricultura orgânica, se não tiver cobertura florestal na região, dificilmente haverá espécies nativas. Assim, seria melhor combinar estes dois fatores”, comenta Fabiana. Agricultura orgânica é o termo usado para a produção de alimentos e outros produtos vegetais que não fazem uso de produtos químicos sintéticos, como fertilizantes e pesticidas.
Distribuição das espécies
Fabiana verificou a distribuição de três grupos de espécies de roedores e marsupiais em duas regiões do estado de São Paulo com ocupação agrícola, cada uma com 10 mil hectares de área: uma nos municípios de Tapiraí e Piedade, e outra nos municípios de Ribeirão Grande e Capão Bonito. No total, ela encontrou 21 espécies.
Fabiana verificou a distribuição de três grupos de espécies de roedores e marsupiais em duas regiões do estado de São Paulo com ocupação agrícola, cada uma com 10 mil hectares de área: uma nos municípios de Tapiraí e Piedade, e outra nos municípios de Ribeirão Grande e Capão Bonito. No total, ela encontrou 21 espécies.
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